AVELAR

Todos os dias era assim: abria a porta do galinheiro, vinham para a rua, dava-lhes a ração e… ela já não lá estava!...

Mais uma vez desaparecia em segundos!...Passados dez, quinze minutos já estava junto das outras a comer.

Ao fim de alguns dias tive de tomar medidas: esperar que regressasse e ver de onde vinha e... lá vinha ela pela erva fora como se não tivesse acontecido nada.

Escondi-me e deu certo, num instante lá se meteu no ninho! E fui procurar ao sítio de onde tinha saído e lá estava: disfarçado, metido no meio de ervas e paus, um ninho com ovos e… já eram quatro!

Ao quinto dia resolvi vigiá-la e segui-la. Mas… (ainda dizem que as galinhas não são espertas…) ela dava voltas, ia para a frente, voltava para trás, juntava-se às companheiras e nada…

Escondi-me e deu certo, num instante lá se meteu no ninho!

Depois, foi só ir lá buscá-la e colocá-la no ninho do galinheiro. Deu voltas e voltas, inspeccionou tudo à volta, não queria lá ficar…mas a hora de pôr estava perto e teve de se resolver:

Lá apareceu um ovinho!

No fim teve um presente: comida especial só para ela! E agradeceu com uma bela cantiga!