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Deslocalização 2.0

Terça-feira, 19.04.22

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Passaram já alguns dias após a minha “mentirinha” do 1.º de Abril! Só agora me foi possível pedir desculpa a quem acreditou na minha publicação do dia um deste mês…

Pois foi verdade a Renault descontinuar a fábrica sediada na Rússia… mas não se vem instalar no nosso concelho…

Aqui fica a rectificação.

Quanto ao edifício que designei por “armazém” da Fiandeira foi a fábrica de lanifícios do Sr. Armando Fareleiro (https://www.jhorizonte.com/posts/153/os-100-anos-do-nascimento-de-armando-simoes-fareleiro) e após a reconversão, todo aquele complexo fabril (Indústrias de Lanifícios, SA., resultante de cinco empresas de Avelar: Pivot – Confeções, Lda; Fareleiros – Fábrica de Lanifícios, SA; V. Fino, Lda; Fiar – Fiandeira de Avelar, SA; e, Finistex – Ultimadora de Tecidos, SA; juntando-se a Barros III – Indústria de Lanifícios, SA., de Castanheira de Pera) foi adquirido pelos novos investidores (terreno, instalações fabris e dívidas), por cerca de quarenta mil euros.

Atualmente labora aqui a https://avelmod.com/  a quem desejo um grande e próspero futuro.

Vale a pena ver  este excelente vídeo da Avelmod: https://www.facebook.com/juntadefreguesia.avelar/videos/849786235638175

(Clicar nos sublinhados para saber mais)

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publicado por Filomena às 17:36

A Gerigonça

Sábado, 01.04.17

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A Geringonça

A nossa freguesia de Avelar é a que tem menos área entre as freguesias do concelho de Ansião. Tem apenas 8,4km2, apesar de ser a que tem maior densidade populacional, 246 habitantes por km2, em comparação com as outras freguesias do concelho, cuja área fica entre 26,3km2 e 42,5km2 mas com uma densidade entre 34 habitantes/km2 e 125habitantes/km2.

Apesar de termos uma grande densidade populacional é a área que determina as verbas que recebemos do Estado e esta situação tem condicionado os investimentos na melhoria das condições de vida dos avelarenses. Além disso, os partidos têm sido incapazes de potenciar e alavancar a freguesia por falta de ideias inovadoras e diferenciadoras…

 Foram estes dados que determinaram uma medida histórica tomada em reunião, realizada no passado mês de Março, com todas as forças políticas da Freguesia e outros cidadãos interessados em mudar e fazer uma gestão da freguesia tipo “Geringonça” à semelhança do Governo.

Foi uma ideia genial e que faz lembrar as origens da municipalidade portuguesa - na Idade Média (séculos XII, XII e XIV) havia os Concelhos de Homens Bons formados pelos mais notáveis do concelho e que detinham o poder de intervenção nas cortes e nos cargos municipais.

Também, todos aqueles que participaram nesta magna reunião, são os melhores entre os melhores. Estiveram presentes elementos do Partido Social Democrata, do CDS-PP, do Partido Socialista, do Partido Comunista e do Bloco de Esquerda e cidadãos independentes.

Irá haver uma segunda reunião ainda este mês, para determinar os dezoito elementos que irão constituir a lista G (de geringonça) para ser votada por todos os fregueses nas próximas eleições autárquicas.

Uma vez que será uma única lista a concorrer, não haverá eleições, como no resto do País, mas sim um referendo. Os eleitores irão dizer Sim ou Não a este tipo de gestão da freguesia e será também uma forma de aferir o grau de participação cívica e democrática dos cidadãos.

O órgão executivo da Junta será escolhido de entre os dezoito nomes, por sorteio. Os restantes quinze serão os elementos da Assembleia de Freguesia.

Também ficou decidida, por unanimidade, a primeira medida a tomar no executivo que vier a ser constituído: serão retirados todos os pilares e pilaretes que na gestão da Junta actual se espalharam pela vila. Fim a todos os condicionadores e limitadores que impedem a vida normal dos residentes e visitantes do Avelar!

 

Juntos somos mais fortes!

Viva a Geringonça!

Viva o Avelar!

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publicado por Filomena às 09:00

Em Abril

Sábado, 25.04.09

 

Em Abril rebenta-me a primavera nas palavras. E vem-me à memória o cheiro a terra lavrada, os aromas e os sabores de manhãs abertas à esperança. Em Abril (re)conquistam-se os ideais, os valores que embalamos aos serões dos anos que passam. Em Abril é tempo de renascer, de olhar o mundo com os olhos sempre novos, de quem não vê impossíveis nas agruras de um tempo insano e de desalento. Que a vida oferece, em cada dia que nasce, o alento dos que não se vergam e não se rendem às aparências opacas de uma oligarquia que nos adormece, porque Abril é o mês dos que lutam, dos que espalham as sementes da esperança e de um novo paradigma. Abril traz-me àmemória os valores da liberdade, da democracia e do riso aberto, estampado no rosto dos que esperando souberam não desesperar. Em Abril vem-me à memória uma frase batida; «este é o primeiro dia do resto da tua vida” e sempre reportado a um tempo já passado, naquela aldeia de Santiago da Guarda, onde Abril não chegou em Abril, mas era primavera e onde os laços de camaradagem e solidariedade se entrelaçavam entre os dedos dos que acreditavam que era possível trazer Abril à vida das pessoas. Éramos jovens e acreditávamos ser necessário agir, que valia a pena lutar e o Porfírio “capitão de Abril” Mendes, não menos importante que outros capitães, que nos ofereceram cravos engalanados na ponta das espingardas, comandava este bando de putos que acreditava. Éramos jovens não conhecíamos como ele o preço da liberdade mas acreditávamos que era preciso lutar, para que todos sem distinção pudessem partilhar dos novos valores e assim contribuir para consolidar Abril. Hoje, trinta e cinco anos passados, alguns escolheram outros caminhos, mas permanece a lembrança desses tempos “revolucionários”, de pequenos “Che Guevaras”, entretidos com coisas de adultos. Hoje permanecem as recordações, o companheirismo e a amizade, porque a democracia é este desiderato de aceitar ser diferente entre iguais, respeitando diferenças e ideais, na construção de uma sociedade cada vez mais justa, livre e solidária. É este olegado de Abril, é este o caminho que deve ser percorrido, na certeza, porém, que não são deturpados os valores da liberdade, da democracia esclarecida e participada, do direito à diferença, na construção de uma sociedade mais justa, dum concelho mais solidário. Abril está permanentemente em construção. Em Abril ousa-se, em Abril acredita-se que é possível, em Abril questionam-se práticas sovietizantes do poder local, na comunidade, nas instituições e até nas atitudes. Abril é liberdade, é lutar, é querer, é assumir, é fazer e é ter direito à diferença, sem pedir licença. Abril é empreender, sem esperar que se questione infamemente a oportunidade, o modo, o momento. Abril é mudar, é querer construir mais do que já foi construído, é ser audaz e destemido, é permanecer quando o mais fácil é desistir. Abril é não ter medos das palavras aguçadas como punhais. Em Abril espalham-se sorrisos, grita-se liberdade, enquanto brotam das mãos que a amam cravos vermelhos de verdade. Em Abril não há silêncios amordaçados, não há punhos escondidos, há um cheiro a primavera que não tem idade. Há um Zeca Afonso eternamente revisitado. Há música. Há poesia. Abril é poesia! Abril é eterna juventude, nos ideais conquistados, nos compromissos assumidos, nos valores da verdade, da justiça, da igualdade. E trinta e cinco anos passados Abril é coerência, é maturidade, nos actos, nas palavras e nos projectos. Abril é o futuro, numa sociedade mais justa e solidária, Abril é acreditar que os nossos filhos têm os mesmos direitos de oportunidade. Abril é acreditar que os canteiros hão-de continuar a gerar cravos e que o cheiro da terra lavrada recordará a outros que em Abril é primavera. Abril é acreditar na calma dos anos que passarão por nós. E que os filhos dos nossos filhos hão-de acreditar que valeu a pena Abril, que valeu a pena lutar por construir uma sociedade mais justa e solidária. E como agora, daqui a trinta e cinco anos, valerá a pena recordar na voz do poeta, do cantor, do pobre, do rico, do agricultor, do empresário, «a liberdade está a passar por aqui…». Em Abril… e sempre! (texto de António José Domingues, candidato à presidência da Câmara de Ansião)

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publicado por Filomena às 13:27

Abril, sempre

Sexta-feira, 25.04.08

   

     25 de ABRIL, SEMPRE

 

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publicado por Filomena às 10:28