AVELAR
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Hospital de Avelar (4)
CAMPANHA DE ANGARIAÇÃO DE FUNDOS
"A administraçãoda Fundação de Nossa Senhora da Guia vem dirigir-se a todas as pessoas de BOA VONTADE para, tal como em épocas anteriores na sua secular história, solicitar a ajuda de todos, numa fase crucial em que se está a lançar uma abrangente campanha de angariação de fundos.
Ao longo do ano de 2010 procedeu-se a uma profunda remodelação do edifício do Hospital, pertença desta IPSS. Tal remodelação, para além de construção de um novo edifício que permitisse albergar uma nova valência - a Unidade de Cuidados Continuados, recentemente inaugurada - contou com a requalificação e modernização do Hospital, levando à franca melhoria das instalações existentes.
Os encargos financeiros são elevados - foram gastos 2 milhões de euros, dos quais o Estado comparticipou com 750 mil euros e há a promessa da contribuição de 75 mil euros por parte da Câmara Municipal de Ansião.
Foi o caminho encontrado para encarar o futuro desta prestigiada instituição, tendo sempre em mente a prestação de serviços de qualidade a toda a população do região e o exigente trabalho desenvolvido nas diversas valências - Hospital, Lar de Idosos, Centro de Dia, Apoio Domiciliário, Centro de Bem Estar Infantil (Creche e Jardim de Infância) e Unidade de Cuidados Continuados.
No fim da década de cinquenta/início da década de sessenta, um grande movimento solidário, liderado por um grupo de amigos da Instituição, levou a cabo um conjunto de iniciativas, das quais é de destacar um enorme Cortejo de Oferendas, que constituíram a base do que é actualmente a Fundação Nossa Senhora da Guia.
Hoje, tal como então, para se cumprir e honrar os compromissos assumidos, que inevitalmente passam pela libertação de verbas do próprio funcionamento da actividade, estamos a recorrer a um amplo movimento que possa contar com a generosa e dedicada contribuição de um número incontável de amigos.
A SUA AJUDA É PRECIOSA! COLABORE! CONTAMOS CONSIGO!
A ajuda pedida pode ser encaminhada directamente à Instituição, através do NIB 0045 3372 4023259684 59, ou ainda através dos jornais do Concelho de Ansião.
Avelar, 4 de Fevereiro de 2011
O Presidente do Conselho da Administração
Prof. Dr. José Humberto S. Paiva de Carvalho"
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Inauguração da Unidade de Cuidados Continuados
A Fundação Nossa Senhora da Guia viveu um dos momentos mais importantes da sua história de meio século de existência, ao inaugurar a construção de uma Unidade de Cuidados Continuados (UCC) e as obras de requalificação do hospital. Um investimento de dois milhões de euros inaugurado pela ministra da Saúde, Ana Jorge.
Segundo Paiva de Carvalho, antigo presidente do conselho de administração dos Hospitais da Universidade de Coimbra, a Instituição juntou ao apoio governamental de 750 mil euros, mais um milhão e 250 mil euros, proveniente de um empréstimo bancário, para realizar as obras. E é com um brilho nos olhos que o médico, a exercer funções de governador civil de Leiria, fala da instituição a que preside.
«Passámos a ter um novo bloco operatório e um novo serviço de medicina com 12 camas», diz Paiva de Carvalho, acrescentando que a Fundação «tem óptimas condições para prestar apoio médico à população daquela freguesia do concelho de Ansião e de toda a região do Norte do distrito de Leiria.
Por outro lado, o hospital dispõe de um serviço de urgências destinado a socorrer os casos mais emergentes. «Não somos capazes de tratar casos mais graves, mas podemos prestar os primeiros cuidados, estabilizar o doente e transferi-lo para os hospitais centrais», refere.
Contudo, Paiva de Carvalho relembra que em 2006 o fim da convenção estatal que permitia ao hospital funcionar como uma urgência pública, provocou um «rombo financeiro» à instituição, o que a levou a modificar os seus objectivos principais e a procurar outra forma de rentabilização, como é o caso da realização de cirurgias no âmbito do sistema de gestão dos utentes inscritos para cirurgia (SIGIC).
Outro dos objectivos passou por adaptar a instituição a uma nova realidade, através da construção de uma Unidade de Cuidados Continuados (UCC).
A nova Unidade de Média Duração e Reabilitação dispõe de 25 camas para a prestação de cuidados de saúde que visam a estabilização clínica, a avaliação e a reabilitação integral de doentes com perda transitória de autonomia, potencialmente recuperável.
Paiva de Carvalho enaltece o facto de no dia de inauguração da UCC, a mesma já estar com 85 por cento da sua capacidade ocupada, devendo «nos próximos dias ficar totalmente completa».
A ministra da Saúde aproveitou o momento para destacar a cobertura de cuidados continuados que a região Centro já dispõe, e considerou tratar-se de «obra com muito significado e de grande relevância» para as populações.
De acordo com Ana Jorge, em apenas quatro anos de existência a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados já prestou cuidados a mais de cinquenta mil pessoas. «Para a implementação rápida e eficaz da Rede, foi determinante a parceria entre o Ministério da Saúde, o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, as instituições particulares de solidariedade social e as misericórdias», refere a ministra.
In Diário de Coimbra, por Orlando Cardoso
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Hospital de Avelar (3)
(continuação)
Foi então que nasceu o projecto de remodelação do actual edifício, e ampliação do mesmo, que vai dotar o Hospital "das condições indispensáveis à prestação dos serviços assistenciais correctos nos tempos actuais, aproveitando para o efeito a iniciativa governamental de financiar a construção de raiz de uma Unidade de Cuidados Continuados, que já constituía verdadeiramente a realidade dos internamentos no 'velho' hospital".
Segundo o Prof. Paiva de Carvalho, apesar das dificuldades, "não deixou de se manter como princípio orientador e solidário da Administração, ter no hospital uma assistência médica e de enfermagem de qualidade e todo o conjunto de serviços em regime ambulatório do diagnóstico à terapêutica".
Por outro lado e dada a ausência do convencionamento, desapareceram as credenciais para as urgências e operações. "Fomos forçados a 'privatizar' as urgências, embora a preços verdadeiramente módicos e apenas possíveis devido a um enorme esforço financeiro da Fundação", afirma ainda o Prof. Paiva de Carvalho, que anuncia a manutenção da actividade cirúrgica através dos planos governamentais de combate às listas de espera, actualmente denominado SIGIC (Sistema de Gestão dos Utentes Inscritos para Cirurgia). Este sistema, embora tenha reduzido o número de operações que se fazia, "manteve o bom nome da Instituição pelos serviços prestados aos utentes e a manutenção dos postos de trabalho, que era e continua a ser outra preocupação" dominante da Instituição.
Um 'novo' Hospital
Quando for inaugurado, provavelmente já em Abril, 'nascerá' como que um novo hospital, num verdadeiro novo complexo, tal a enorme intervenção de que está a ser alvo.
Efectivamente, à nova Unidade de Cuidados Continuados, "pudemos associar trabalhos simultâneos de correcção e melhoria das instalações de que dispúnhamos, dentro dos prazos alcançáveis", adianta o Presidente da Fundação Nossa Senhora da Guia, ciente de que estaremos perante "uma unidade modelar".
Com custos totais estimados em cerca de 2 milhões de euros, entre obras e equipamentos, o complexo terá o piso superior do antigo 'hospital' totalmente destinado à Unidade de Cuidados Continuados. Esta unidade terá 24 camas, em quartos duplos e individuais, todos com casa de banho privativa, indo ao encontro das directivas da Unidade de Missão dos Cuidados Continuados Integrados e acolherá doentes de duas tipologias: convalescença e média duração.
O piso do rés-do-chão será destinado aos serviços ambulatórios, onde se incluem não só o anterior serviço de urgências, como os consultórios das diversas especialidades e exames complementares de diagnóstico anteriormente existentes e agora aperfeiçoados com novo equipamento de radiologia e ecografia.
No piso -1, está situado o bloco operatório, a sala de recobro e duas enfermarias com 12 camas no total. Estas salas serão utilizadas para acolher hipotéticos internamentos da população, se disso houver necessidade.
No piso -2, estarão alojados todos os serviços técnicos de apoio.
Mantém-se no edifício contíguo todo o serviço de fisioterapia com a sua autonomia em termos assistenciais.
O Prof. Paiva de Carvalho, há seis anos à frente dos destinos da Fundação, é a face mais visível do projecto, cujo protocolo foi assinado em Janeiro de 2009 e o qual o Estado financiou com 750 mil euros. Para o restante, a Fundação teve de recorrer à banca, tendo sido esse um processo facilitado pelo bom nome da Instituição e dos seus serviços.
O também Governador Civil de Leiria, divide a responsabilidade e o reconhecimento deste "passo em frente" por toda a sua equipa. "Gosto de assumir a liderança, mas este não é o trabalho de um homem só. É o reflexo de um excelente trabalho de uma equipa forte e coesa".
No centro do país foram assinados mais 24 protocolos do género, sendo que apenas dois estão em fase de construção, com o projecto da Fundação a ser pioneiro neste particular.
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Hospital de Avelar (2)
(Continuação)
"Na década de 30 terão surgido alguns contratempos e muitas polémicas, com a Igreja a reclamar o regresso das verbas que lhe seriam destinadas e que eram o sustento do Hospital. Sem meios de subsistência o Hospital de Avelar acabaria por fechar as portas durante cerca de 20 anos, apesar de inúmeras vozes se levantarem em sua defesa, sendo reactivado há precisamente 50, dando origem à então criada Fundação Nossa Senhora da Guia sob forte impulso de Brás Medeiros e Alfredo Coelho, entre outros avelarenses ilustres.
Neste último meio século, as instalações foram ficando desactualizadas e, por um lado as exigências técnicas, científicas e de humanização, e por outro as alterações gestionárias motivadas pelas mudanças legais oriundas do Serviço Nacional de Saúde (SNS), apesar de esforçados trabalhos de manutenção e funcionamento, foram tornando necessário um grande esforço das administrações, em especial nas últimas duas décadas, para que o Hospital, a Fundação (que alargou a sua vocação assistencial às áreas sociais com a criação dos Centros de Bem-Estar da Criança e do Idoso) pudesse desempenhar cabalmente a sua missão.
Com o advento do século XXI e especialmente após 2004, com a entrada de Paiva de Carvalho na administração, houve que proceder a algumas alterações assinaláveis. "Houve que, de uma forma sensata e sustentada, pensar no futuro a médio e longo prazo, mas também tomar algumas medidas urgentes, isto porque ou o Hospital avançava com um modelo que permitisse acompanhar as exigências do SNS ou arriscava-se ao encerramento a breve prazo, dado o termo das convenções com o Ministério da Saúde, ocorrido em 2006", afirma aquele responsável. Uma acção dificultada pela "ausência de resposta às várias candidaturas apresentadas a financiamentos comunitários". (continua)
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Hospital de Avelar (1)
Para, de alguma maneira, satisfazer um desejo do actual Presidente da Fundação Nossa Senhora da Guia (Hospital de Avelar), o Prof. Paiva de Carvalho, começo hoje a publicar o artigo do Jornal Horizonte sobre o Hospital de Avelar e as obras que estão já quase concluídas. Esse desejo é o seguinte: "Gostaria que as pessoas dessem mais valor à Fundação, que desempenha um papel muito importante na comunidade".
Para se dar valor a qualquer coisa ou a qualquer pessoa é preciso conhecê-la, assim eu vou dar o meu contributo, dando a conhecer, para já as obras que estão quase concluídas.
A Fundação Nossa senhora da Guia, para além de ser um estabelecimento de saúde tem também valências de infantário, creche, lar de idosos, ocupação de tempos livres para crianças do 1.º ciclo, apoio domiciliário…
"Construído em 1894 pela iniciativa de Costa Simões e com o empreendedorismo e administração inicial de Costa Rego e Alfredo Manso, para servir a população do concelho das Cinco Vilas (Avelar, Chão de Couce, Pousaflores, Aguda e Maçãs Dona Maria), o Hospital de Avelar conta com uma história riquíssima ao longo dos tempos. A obra nasceu na perspectiva arquitectónica dos então contemporâneos, agora antigos, Hospitais da Universidade de Coimbra, idealizados pelo mesmo insigne académico com raízes familiares em Almofala, perspectiva essa fundamentada pelos valores de ordem higiénica hospitalar na altura utilizados. A obra foi construída mercê das esmolas e oferendas à Nossa Senhora da Guia para aquele fim, complementadas pelas dádivas da população local e por um benemérito brasileiro, que ao que consta, terá trocado o seu assinalável contributo monetário por um título real..." (continua)